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foi um
seringueiro, Presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Xarupi-AC, que
se dedicou a luta ecológica e a preocupação com a Amazônia.
Sua atuação iniciou em 1975
e se deu por conta do crescimento do desmatamento na região amazônica para a
pecuária e suas consequências para o homem. Após diversas tentativas de
resolução utilizando-se das vias tradicionais ao Estado, Judiciário, Instituto
Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF à época) e até os jornais, Chico
Mendes e os trabalhadores da região resolveram buscar maneiras alternativas de
resolução.
Munidos, não de armas, mas
de empatia e o apoio das famílias os seringueiros realizavam um movimento pacífico
que chamavam de empate, iam até a
área que seria desmatada e conversavam com os peões e jagunços a sua maneira
sobre as consequências do desmatamento e pediam sua retirada. Diversas vezes
foram bem sucedidos, outras eram vencidos por ordens judiciais e apoio das
forças policiais que garantiam o desmatamento.
Com a nova Constituição
havia esperança que o desmatamento desenfreado parasse e os levantes
continuavam. Isto desagradava muito os fazendeiros que até dezembro de 1988 já
haviam executado diversos trabalhadores. Por outro lado o movimento recebia o
reconhecimento internacional por sua luta e organismos como a ONU, BID e o
Congresso Norte Americano passaram a apoiar o conceito da Reserva Extrativista.
O conceito de reserva
extrativista nasceu na luta dos seringueiros em resposta a como tratar a terra.
Seria o fim do desmatamento e a utilização racional da terra com o apoio da
ciência; a reserva não possuiria proprietários, seria um bem comum da
comunidade onde teriam o usufruto, mas não a posse.
Chico Mendes chegou a ver as
primeiras reservas extrativistas serem implantadas, porem foi assassinado em
dezembro de 1988 a mando dos fazendeiros Darly Alves e Alvarinho Alves por ameaçar
sua exploração na região.
Após o assassinato de Chico
Mendes mais de trinta entidades sindicalistas, religiosas, políticas, de
direitos humanos e ambientalistas se juntaram para formar o "Comitê Chico
Mendes". Eles exigiam providencias e através de articulação nacional e
internacional pressionaram os órgãos oficiais para que o crime fosse punido. Em
dezembro de 1990, a justiça brasileira condenou os fazendeiros Darly Alves da
Silva e Darcy Alves Ferreira, responsáveis por sua morte, a 19 anos de prisão.
Referências
·
Entrevista de Chico Mendes ao Jornal do
Brasil, 25/12/1988;
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